Com apenas a pena e o papel vejo um mundo que muitos não vêem
Sonhos perdidos na madrugada, sonhos ganhos em mais uma nova manhã
O vento bate forte na janela, a alma se aquece dentro do corpo
Mas ainda as lágrimas não existem nos semblantes tristes das estatuas
E o sol não raiou (se é que irá raiar) no horizonte desta casa
Os acordes tristes do piano que tocam em meus ouvidos
Quem me dera fazer um soneto...
Eu vejo as crianças sentadas sobre a neve com ares de inocência imaculada
E os pássaros no céu infinito a bailar por entre as estrelas em imenso esplendor
As frases indecifráveis que se ouvem por aí são apenas a minha fala que somente os simples de coração podem escutar e desfrutar do balançar das marés
E quando a lua com seu brilho repousar sobre nós, já estaremos seguindo nosso caminho, estaremos voltando para nosso antigo lar.
Talvez a essência do nosso amor esteja se perdendo no meio do caminho
Façamos o possível para recuperá-la antes que seja tarde.
O frio do inverno, nem mesmo o mais gélido pode fazer desnudar um sorriso.
Que cada falha na pontuação não seja um erro que venha acarretar em meu futuro
Nem mesmo a filosofia e loucura dos homens bons irão afetar meu bom senso
Mas ainda falarei das flores que jazem em seus túmulos
Porém nem mesmo a morte me fará esquecer do rosto mais belo que já pude enxergar nesta vida...
Enquanto durmo cantarei as boas novas trazidas pelos ventos ancestrais que mesmo sem fala ecoam de eternidade em eternidade