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As Ruínas do Olimpo

02 outubro 2013

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Estranhei o céu sem nuvens me senti um tanto desnudo sem vê-las lá no alto
Lembro de que havia formas, em sua maioria disforme, mas ainda eram elas.
Remexendo a caixa que Pandora me emprestou,  percebi que tinha algo meu ali perdido e não me dava conta da insignificância do que restava de mim ali, quem se importa? Nem eu, muito menos você.
Talvez nunca deixe de ser a pessoa mais seca que alguém conheceu ou uma pessoa complicada, até mesmo nunca deixe de ser complexado de alma assim como fui descrito, me perdoo pelo mal que me causei.
Voltei do fim só pra completar esta lacuna que tanto me incomodava pelas bordas da vida e é só de lembrar o teu riso que me inclino a rir como criança boba desejando ser o motivo das tuas frases complexas e dos teus simples sentimentos
Dê-me fotos e cores para que eu possa pintar teu rosto na tela da minha vida, desejo ver teus olhos de perto.
Melhor sermos um do que ser apenas um.
Resfolegando enquanto o sol se põe sobre meus defeitos e a noite absorve o céu sem distinção de tons, assim me desconecto de quem não me pertence e isso alivia os ombros até mesmo a alma.
No dia em que deixei meu orgulho, meus deuses morreram e meu Olimpo caiu e seus destroços serviram de barricada para que os pesares não invadissem o lar que está adornado pela graça.
Estou deixando o meu outono se apaixonar pela tua primavera e assim ser renovado com a seiva para que as folhas caídas tornem para seu local de origem.
Enquanto a noite não acaba
 Me disperso sem rimas feitas
Mesmo que construídas sem intenção
Enquanto a noite continua
Me distraio desenhando teu rosto no ar
Sem nenhuma imperfeição