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Sonhos Perdidos

14 junho 2014

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Sorrateiramente me esquivo do sono e sento à beira do caminho em mais um desencontro
Sem cores na aquarela, discorro em tons pastéis pintando nuvens, desenhando céus de bocas
Silencio os sermões desnecessários carrancudos e indisciplinados
Sombras e luz em contrastes com brilhos tontos
Sigo em frente e revisito o cemitério dos meus sonhos
Me deixo ir! Me permito chegar a este lugar e chegando lá me perco em minhas memórias.
 Eu vejo todo o cenário, mesmo com dor no olhar. Eu tento voltar,
Mas... Caramba! Qual o caminho, afinal, a trilhar? Sinto que estou longe da minha fé,
Embora esteja perto dos meus sonhos... Todos perdidos!
Perdidos em um labirinto em que me coloquei um tanto por vontade própria
Desnudando meus pesares que antes eram minha fortaleza
E sei, sim ainda sei que as pegadas deixadas no chão ainda podem ser encontradas.
Mesmo me sentindo vagando no vácuo deste limbo  existencial
Tento me acalmar, pois ainda tenho pés para caminhar até o meu final.
 Tentar ser feliz outra vez e recomeçar, pensar: "Não acabou",
Seguir, mesmo com a dor daquilo que foi sonhado, que não concretizou.
Concreto tanto pode ser substantivo que designa ser acessível aos sentidos
Quanto designar a areia, o cimento, a água e o cascalho que não foram usados por ti,
 Metaforicamente falando, para concreto tornar os sonhos teus que, de tão abstratos,
Só e existiram no domínio das ideias que nunca saíram de ti...
E são tão gramaticamente falhos que nem mesmo teu vocabulário consegue distinguir o que realmente são
Olhando por esse prisma um tanto decadente, podemos ver que aquilo que sentes é tudo que não queria sentir.
Mas com preposições posicionadas fora da tangente me ponho a crer que tua alma teme
E se não teme ainda não entende que o sonho tende a concretizar-se ainda no por vir.

E que ha de se dizer desse buraco entre o que é e o que será entre o que há e o que há de vir, entre prever esse por vir?

Escrito em parceria com Lêh Sanctus