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Dedicatória

06 setembro 2014

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Estalei os dedos ouvindo o relógio correr seus segundos rapidamente, o telefone que emudeci deixou os contatos falando suas peripécias sem importâncias ao longe dos meus ouvidos.
Sim, já não me importo.
Sei que mesmo rodeados por diversas pessoas, nós jogamos o jogo as solidão, cada um sentado num canto para ver quem primeiro vence o sofrimento.
Observo aqueles que com crise de identidade pendem-se aos cartórios da vida, mudam-se as cédulas, mas persistem os sintomas da busca de ser quem não são.
Estamos em uma guerra tão fria que não nos enfrentamos, nem ao menos verificamos se nosso oponente (que somos nós) se movimenta.
Uma luta vã.
Me pergunto se naquela sala barulhenta meu coração de fato ouvirá as batidas dos teus passos em direção à porta da minha vida, digo isto por que podem até acreditar que eu seja uma fraude, mas sou um traficante de letras esboçando no bolso ou na bolsa os valores que foram perdidos.
Parágrafo. O Texto segue.
Digo que mesmo aqueles que te (me) tem por perto não  valorizam, ainda existem tantos outros que me (te) querem e desejam, sem pestanejar não se limitam em si mesmos.
Dedico esta canção ao quebrado
Dedico esta canção ao caído
Dedico também ao esquecido
Dedico a mim e a ti.
Dediquemo-nos

E por fim para comemorar esta trama de embaraços que por um momento me corrói (de fato sim) e também para que os parênteses deem lugares às reticências em nossas vidas ergamos as taças em nossas mãos e...