onselectstart='return false'>

Foi-se

19 novembro 2013

2 comentários

Foice
    Na mão e olhos bem atentos
Passos tranquilos e sorriso largo
E Maria
          Foi-se.
Virtuosamente calada e surpreendente
Andando pela calçada
Com a foice sempre armada
E Antônio foi-se.
Foi-se o sonho, foice afiada
Quando se vão não sobra mais nada.
Era dia de sol, mas o dia escureceu
Com a foice na mão ela apareceu.
Com o rosto suado e sangue em seu corpo.
Retiraram sortes das roupas do quase morto.
E foi-se...
Mas Ele voltou depois de três dias
Saiu do túmulo que não o prendia.
E mostrou-se.
Seus olhos assustados não puderam entender
Do jeito que se foi não podia viver.
Seus gestos suaves com corte s nas mãos
Olhou em seus olhos
E ela foi ao chão
Com sua foice
          Foi-se.