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Estátua de Sal*

30 setembro 2011

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Sob a sombra de mãos se escondem todos os rostos
Debaixo de cada olhar lágrimas que regam a tristeza
O tapa na cara é apenas a entrada para o prato principal
Um punhal enfiado no peito que sangra o coração e desmancha
O amor como uma estátua de sal no meio do deserto seco
Nada é mais como era antes e o cantar dos anjos se cessam
Quando o choro de uma mulher explode no ar e a natureza clama por justiça mais uma vez
Enquanto os culpados por sua vez sorriem cinicamente na frente do espelho
Mostrando sua face enrrugada pela violência impregnada em suas veias e artérias
Por onde passeia levemente como uma bailarina em um espetáculo na noite fria
Os sons dos sinos bradam mais uma vez pedindo por socorro nas ruas vazias
E dentro das casas mulheres sofridas humilhadas e com a sua vida partida
E neste momento oportuno sei que o que falamos jamais deixará de ser escutado
Por ouvidos que lutam por justiça e que querem a verdade


*Escrito especialmente para o concurso literário da UNEB com o tema "Violência contra a mulher"