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Vômito das Nuvens

30 setembro 2012

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Em um dia ocioso resolvi voar por ai, subi além de nuvens embriagadas de gotas prontas para vomitar a chuva sobre o solo e sobre o solo pessoas corriam desvairadas por causa do vômito das nuvens.
Sem pestanejar, abri os braços e segui adiante onde até mesmo os aviões não suportariam e suas asas de aço são bem mais frágeis que minhas asas imaginárias que desenvolvi em um instante.
Decidi não mais me equilibrar na corda bamba da vida e resolvi então me jogar, pois uma mão para amparo estaria lá embaixo se minhas asas queimassem.
Respirei o ar rarefeito que invadia os pulmões, esqueci meu falso medo de altura e descansei na lua minguante só para poder tomar um fôlego para partir em uma nova jornada de descobrimentos.

Fuga!

Fugi realmente de tudo que me prendia aqui embaixo ou lá embaixo não sei definir onde estou agora, mas essa é uma boa sensação e devo aproveitá-la, mas decidi me recompor em meus horários de devaneios para que um outro momento pudesse voar novamente junto com os pássaros que enfeitam o céu de tua boca.
Lá do alto onde as estrelas cadenciam seus brilhos me lembrei de uns momentos que viam se desnudando em minha mente os quais já estavam quase perdendo o foco e se desmanchando no ar e pude voltar à vida outra vez, sendo que esta já não fazia mais parte de mim.
Para não perder o sentido do que é viver retornei para aquele mesmo ponto de partida que me fez ver o quão ridicularizado está o mundo com sua ilustre soberba a qual enche os olhos de muitos que não conseguem enxergar a si num espelho, seu reflexo embaçado e desfigurado diante de uma face flácida e sem expressão.
E por vários outros motivos pude perceber que minha percepção estava um tanto incorreta e depois disso tudo, agora entendi por que Deus habita nos céus, porque nenhum outro lugar (além dos nossos corações) suportaria seu amor em essência e sua plenitude em excelência.


Incêndio de Ideias

21 setembro 2012

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Reli minhas crônicas que expuseram metade de meus contos sem fim e só assim me dei conta que não formulei nenhum soneto vivo ou alguma rara poesia com toques renascentistas.
Fui questionando os pontos fracos da elucidação de meus argumentos falhos prontos a entrar em eclosão com a constelação de Orion devido a uma manobra desregulada, fiz vir à tona meus sentimentos sem me preservar das marés exorbitantes deste mar que permeia este horizonte azulado.
Meu coração queimou após o incêndio de ideias que brotaram de meus neurônios em seu excessivo trabalho de achar razões para sentir e vi que isto foi um desgaste total depois da ultima manchete sem destaques do noticiário sensacionalista.
Estou em busca de uma saída com este meu “plano b”, mesmo sem ter chegado ao local de possibilidades e finalidades ofuscantes que me permitiriam talvez um dia melhorar em alguns termos que não dependem de citações em papéis em branco para serem levados em consideração por algumas pessoas.
Mas não preciso enforcar meus sonhos e desejos ou por à prova minhas declarações diárias por motivos banais vindo de um outro seio que sem mais não me poupou de incertezas que teimam rodear meus pensamentos.
Agora ao invés dos pulsos tento cortar meus preconceitos e seguir adiante e tentar um outro caminho,talvez não precise andar uma longa distância pra encontrar meu posto de descanso, espero não estar buscando em outro lugar algo que sempre esteve perto  de mim.
E agora cansado de tantos parágrafos parados, teimo em dizer que através deste Mar vim amansar a fera para ser morta por um canivete e pra ser sincero escondo minha ignorância em relação aos sentimentos humanos para que eu não saia machucado aqui onde sobrevivo, nesta minha selva de pedras deformada e sem vida outra vez.

Os Resquícios dos Destroços

16 setembro 2012

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Fui descolando todas as partes de tecido que estavam sobre aquela mesa vazia e vi que nada era exatamente o que parecia ser sua beleza estava escondida e agora posso ver como realmente ela é com algumas marcas que enfeitam sua superfície e a torna perfeitamente bela.
Segui meu rumo, percorri estradas e pulei obstáculos que por mais que eu tentasse eram maiores que eu e agora estou aqui neste hiato de soluções, apenas observando os resquícios dos destroços que ficaram no caminho atrás de mim.
Às vezes, só às vezes, fico indagando sobre toda a vida que me cerca e o que ela me oferece, coisas, pessoas e ilustrações de um futuro qualquer, que em sua maioria não me traz satisfação.
Vou pela via contrária, desta vez é a correta e tomo cuidado para não pisar nestes cacos, pois não desejo cortar meus pés com os fragmentos do ilusionista que há muito está parado em seu esconderijo.
Uma gota de introspecção vem molhando meus pensamentos corriqueiros, só espero que não se torne em um maremoto e nem inunde minha praia.
O sol queima lá fora e estou cansado de sair do meu casulo, o vento não paira sobre esta estação onde pessoas caminham de um lado a outro procurando um destino a seguir e eu não desejo continuar assim e nem aqui ou em qualquer lugar que não me possa dar guarida ou aconchego de esperanças.
Apenas estou um pouco cansado de muitas coisas, de tanta seriedade nas telas da TV e seus programas de comédias sem sentido, talvez possa um dia parar pra pensar e perceber que o problema de tudo isso seja eu.
Por isso reflito, medito e tento tirar conclusões de varias variações, só para não me tornar tão seco e inexplicável e foi em um monologo que as coisas foram ficando claras...
Às vezes sinto dores, dores de que? De ser assim?Assim como? Assim tão eu.

Orbitando Em Uma Galáxia Distante

12 setembro 2012

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Fui em direção a uma galáxia distante, onde pude sentir o calor e o acalanto do melhor abraço, abraço qual desejava há tempos.
Passei despercebido por todos os asteroides que seguiam um outro rumo e não me deram importância,foi algo sensacional ver todos aqueles astros na superfície do meu universo
Permaneci orbitando sem me preocupar com o tempo que levaria, apenas aproveitei o momento de algo não vivido antes, esqueci de mim, apenas admirei o brilho ofuscante daquela galáxia,que era de fato exuberante como vi em meus dias,então assim pude senti-la bem próxima.
Foi como sair de um coma, onde eu vegetava sem perceber e dar de cara com a perfeição imaculada de um sorriso não ensaiado e sentir o entrelaçar de braços em minhas costas.
Observei calado refletindo o bem que essa galáxia me fazia e então pude perceber que meu sistema solar já não é o bastante para mim, há gosto em mim de ter ficado para sempre ali.
Mas fui pego pela falta de oxigênio e em queda livre fui caindo violentamente em direção ao nada, meu satélite despedaçando-se e para meu desespero não havia solo, apenas vazio.
Então voltei para minha realidade e aqui pra mim está difícil de respirar, sinto falta daquele paraíso paralelo onde meus olhos foram abertos para sentir a melhor sensação que pude ter e agora estou submerso esperando o tempo certo de voltar de vez à superfície para ficar orbitando naquela galáxia que me dar forças para continuar, observo esta translação para que o tempo corra e eu saia deste sono profundo permanentemente e te orbitar para sempre.