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Supernova

24 julho 2013

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Pude enxergar o caos que surgia por atrás dos teus olhos, moléculas ricocheteavam sem parar.
Adentrei na nebulosa dos teus pensamentos desajeitados, um berçário de ideias comoventes que eclodiam a cada segundo.
Cambaleante cosmonauta orbitando tuas pupilas, um universo de cores e tons e brilho me mostrando as constelações que compõem teu ser.
Mas diante disso tudo infelizmente existem pessoas que perdem seu brilho tão estupidamente e se tornam um buraco negro que distorce a luz, tentam apagar o brilho alheio, por já não ter luz própria enegrecem a área em redor, é um triste fim de certas estrelas que não passam de manobristas de homens para que seu desejo composto de fel se derrame até os ermos.
E quem se importa com elas?
Apenas desejo saber onde está a margem do universo pra me deleitar no contraste desta Via.
Onomatopeias sinceras explodem das bocas e o estrondo que sai delas resulta em diversos big bang’s distorcendo o som, camuflando o tempo, recobrindo o espaço.
Meus pés caminham em tua direção, mesmo sem ar ou em queda livre para que eu possa pousar na maciez da tua pele e termos um propósito para viver em uma só cosmovisão.

No esboço do teu sorriso em forma de lua crescente me sinto tão ínfimo, mas teu rosto continuo a escalar e assim te encaro, sem reservas de oxigênio te respiro para que eu possa harmonizar teu caos em mim.

Instantes Desnudos

21 julho 2013

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Ela toca o céu com apenas um dedo enquanto anda por um solo enlameado onde deixa as marcas dos seus passos mal dados
Elementos químicos se misturam periodicamente na tabela
Eles em conjunto contam seus átomos enquanto ela reproduz seus calos
Eliminados estão os pesares, sem sombras e nuvens o céu exposto se abre para o alivio dos seres.
Elos persistem em se quebrar com
Eloquência se despedaçam no ar
Elucidando os tantos olhos que suplicam por olhares enquanto ela emerge dos seus sonhos flutuantes paralisando os instantes desnudos dos prantos que lhe causam tormentos
Ela toca o céu
Eles contam átomos
Eliminando os pesares
Elos equilibrados
Elucidando olhares

As Letras No Espelho

14 julho 2013

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Letras soltas caem num espelho enferrujado compondo contos não contados
Seus reflexos se estendem em uma forma espiral que envolve toda a sala
Vi seus movimentos não tardios paralisando o tempo e se desdobrando no espaço enquanto mágoas eram cantaroladas desenfreando a dissonância.
O vento assobiou vida aos ouvidos mais atentos que comungavam os versos tortos
Suspirei bem fundo e congelei o ar e com firmeza o abracei e dele fiz um origami
Minha tristeza quase entrou em depressão quando viu que escutei o assobio do vento e que a vida tomou conta de mim, mas não me importei e continuei desenvolvendo meu alfabeto romântico e saudosista.
Vi os homens plantando horizontes como se fossem árvores para aplacar a tediosa e constante ignorância sobreposta aos ombros dos meros mortais que cambaleiam e gritam suas causas sem causas.
Mas as letras continuavam belas observando meu ponto de vista sobre seus lineares reversos
E com pincéis que passeavam pela aquarela pintando com novas cores os rostos deformados pela seriedade abusiva que causavam danos às pessoas de bem lhes dando beijos e sorrisos.

As letras caíram naquele espelho enferrujado e todas as marcas desapareceram, mas não do espelho e sim do meu rosto que estava exposto e desfigurado, agora posso ver meu reflexo outra vez.

A Constelação de Ana

11 julho 2013

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Palavras cantarolam sem parar e seu canto germina o ar
Sem pudor escancaram-se para que todos vejam e ouçam o que elas tem a dizer.
Palavras perpetuam o ser
Elas dançam
Se inclinam
Se oferecem para nós.
Um dia as palavras correram para formar uma frase
Um nome para ser exato.
Se dispuseram e arrancaram de si todos os seus aparatos
Para que seu brilho pudesse ser maior.
Ela foi feita de estrelas que resplandecem permanentemente
No momento não há nada que se assemelha ninguém em meio a toda essa gente.
Não tenho o dom da rima, essa é minha confissão.
Mas sei que ela que foi feita de estrelas, hoje é constelação.


Gotas de Palavras

02 julho 2013

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Me dispersei ao cantarolar o respirar desta manhã
Sorridente caminhei no relento do meu ser
A luz amarela do meu sol enriqueceu o dia preparado pra mim
Meus delírios me chamaram pra brincar de roda
Solfejamos dissonantes enquanto via o céu refletido nas retinas da incoerência
Nuvens derramaram gotas de palavras
Que lavaram o meu interior
Consoantes dissiparam meu dia triste
E as vogais consertaram meu coração
O que estava em pedaços se tornou inteiro
E no meu improviso me mantive vivo
No bailar desta confusão eu dancei seguro em tua mão
Sucumbindo a cada passo teu todo meu sentido desvaneceu
Distraindo-me comigo vou contando os suspiros enquanto o planeta gira
E assim me derramo cantando teu canto nesta manhã florida