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Letras Palace Hotel

22 outubro 2012

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Foi necessário que houvesse colisões entre nossos olhos para que pudéssemos ver o mundo de perto. E o que você vê agora?
Andando sobre a areia que grudava em meus pés descalços fiquei observando os rasantes das gaivotas perto daquela praia que não estamos vendo agora.
Um cheiro de sociedade me veio ao encontro e me despertou questões não respondidas e assim continuei andando sobre a areia que grudava em meus pés descalços.
Ao virar meus pensamentos para esta rota torta não me identifiquei com estes mecanismos postos como obrigação sobre os ombros dos homens e estes se curvavam diante do entretenimento que absorvia sua intelectualidade quase gasta.
Fui dirigindo meu corpo para perto dos holofotes apagados onde a distração era o ator principal da maçante e cosmopolita representação que esse ar repleto de ilusões  dificulta a nossa respiração.E nos cega com a neblina de incoerências,esta não se dissipa facilmente.
Parei e analisei todas estas circunstancia absorto fui remoendo todas as imagens e percebi que uma mente não bem alimentada é igual a uma construção não cuidada. Acaba em ruínas.
Daí então tive uma ideia, construí um edifício de livros, mas ninguém quis alugar uma página para morar,os ignorantes vieram e o explodiu e letras voaram para todos os lados.Quem respirou a fumaça se sentiu liberto,e os ignorantes continuaram sendo o que eram.

Sabor De Céu Derretido

21 outubro 2012

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  Teu sorriso sonoro entorpece meus tímpanos e meus sentidos se calam perante tua beleza que não se cansa de ser bela.
Ao ver teu rosto minhas pupilas se dilatam e a forma em que contemplo tua imagem limpa e nítida só reforça meus discursos em formas de pensamentos.
A cada melodia cantada a cada passo teu, transforma teu caminhar em uma sinfonia gostosa de se ouvir,é como se o chão sentisse prazer ao ser pisado ti.
E agora não tenho muita coisa a dizer, para que o clichê não me tome por obsoleto e sem descrições de palavreados contundentes com suas variações e apenas finjo que isso é divertido.
Lançarei sementes de estrelas para que cresçam florestas de constelações para iluminar teu caminho por que quando te vires, minhas pupilas dilatarão novamente e é bom sentir o sabor de céu derretido com gotas de nuvens se derramando pelas bordas.
Desejo decantar canções, soprar silabas como bolhas de sabão, sussurrar nos silêncios de meus gritos ao me desequilibrar de uma corda bamba.
Queria te contar quais são meus medos... Mas...
Espera!
Este não é um bom momento para poder ferir os desenhos das letras aqui formadas, é um momento de uma transmentalização desenfreada.
Ao voltar ao centro de meus pensamentos, suponho que cada hora exalada me faz bem e isso acontece toda vez que abro os meus olhos e ao acordar de um sonho inesperado gostaria de ver tua face diante das minhas retinas molhadas pelo orvalho.
Meu caminho sempre solto onde minhas mãos já não mais se divertem ao se balançar ao sabor do vento elas desejam sem rimas neste momento que haja companhias para seus dedos.

Mortal Elegância

17 outubro 2012

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O ruído que desatina em solidão, um suspiro cantado com dissonâncias variáveis.
A alma deleita-se em sua beleza envelhecida e o esplendor se foi.
O amargo dos dias reflete o peso do caminhar pelas ruas vazias.
Entorpecido pela nostalgia dos anos que me envolve em sua atmosfera na qual me calo perante o seu esplendor.
E declamo a nênia com fervor até que as pedras sejam arrancadas de meus olhos, até sentir o beijo  em sua mortal elegância.
Névoas de nada por toda a vizinhança me fazem recair sobre meu sono com uma leve gota de desesperanças e o meu encanto já não há.
Grinaldas de folhas secas repelem em meu manto onde encontro um campo de crucifixos ao redor de exuberantes estatuas chorosas lamentando a frieza de suas existências
E  seus olhos petrificados encaram com furor o caminhar errante do sofrido ser.
Com semblante decaído e coração desfalecido em tristeza, vestindo negro para transparecer sua atual situação decadente na qual suas asas queimam lentamente, esperando sair ileso de onde jaz sem forças.

Uma Saudável Violência

14 outubro 2012

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Os sons ecoam pela sala vazia, onde os sofás se encaixam perfeitamente na decoração.
As vozes que já não se encontram nesta casa perderam seus tons e ficaram apenas os ecos nas lembranças.
Houve um tempo que as coisas simples eram simples e nós nem pensávamos em complicar e assim éramos satisfeitos com o que rodeava.
E aqui estou eu com meus pensamentos sendo concretizados em tela branca como uma pintura surrealista nunca vista neste meu plano existencialista
Quando as falanges se descolarem e meus ossos se fragmentarem diante todas estas letras não formuladas sigo assim ao rumo de tudo mesmo tendo o medo de dar certo.
Eu tenho o direito de ser nada, porém não desejo tal coisa pra minha eloquente existência onde meus passos ficam marcados no chão íngreme cheio de equações que entorpecem meus neurônios.
Então eu paro e observo cada palavra sendo distribuída de forma igualitária para que cada espaço seja ocupado de gramaticais esperanças quando a educação falha desta nação não reage neste combate entre travessões e reticências e nem segue o movimento retilíneo uniformemente variado para que não caia em demasia, por isso eu desapego e assim abro todos nossos embrulhos enfeitados com fitas vermelhas.
Saudável violência impactante que transformou em estrelas todas as partes brilhantes de teus olhos que ilumina meu caminho sem que eu possa me perder nestas estradas longínquas e sem direção.
Mas o que importa é saber que serei feliz, mesmo sendo do meu jeito ou do meu conceito ou perspectiva de ver como é a felicidade.
Neste momento escuto lamurias, não as minhas, pois estas deixo pra quem me entende e sabe resolver meus questionamentos um tanto quanto bobos se sem sentido.
Agora depois de toda essa compilação de pensamentos não muitos rebuscados misturados com uma sensação de perda digo que foi um ato sóbrio.