Ouça o que digo Senhorita, Tu que andas com passos vacilantes.
Vejo que caída está, todo o meu desejo se resume em ti.
Teus olhos que choram me inundam com teus prantos
Minha face está deformada de tanto suplicar.
Sinto o peso de tuas dores, limpo as cinzas do teu corpo.
Ajoelho-me, ponho minha cabeça na guilhotina.
Leio esses poemas obscuros cheios de vertigem
Caminho em direção à porta, e vejo uma luz.
Pedregulhos que dilatam minhas pupilas, eu navego nas entranhas do monstro marinho.
Faz estancar a hemorragia da minha solidão, nos ouvidos uma melancólica melodia.
Estagnado e estigmatizado, minhas cicatrizes se rompem.
Peço-Te Todo Poderoso, misericórdia!!!
Sinto a lâmina do machado em meu pescoço e a foice cortando o meu coração
Suplico...
Dá-me Senhor, imploro a Ti, dá-me as dores e a tristeza da Senhorita do Campo, a Bela Dama da Floresta, pois não aguentarei mais vê-la de tal modo!
Esqueço dos meus pesares, as lágrimas teimam em cair, beijo a face daquela que quer levar-me daqui... Em qualquer lugar pode está chovendo, a névoa me cobre por inteiro.
Sinto o alívio como já estivesse na cova... Jamais me entregarei
Vida longa ao Rei, eu ouço alguém gritar, a neve cai em meu telhado de esperança, um outro dia verei meu recôndito, minha eterna morada, sou o vazio na imensidão.
Sacrifico-me diariamente, vivo um romantismo sombrio onde não há fim nem começo.
A escassez do amor, um imperfeito paradoxo, a ilustração de uma alma que chora.
Um choro doentio por ti querida, em um estado lânguido e em total morbidez.
Meus pulsos sangram, mas este sangue não me pertence...
Meus olhos são como os vitrais, tantos desejos insanos me lançam das escadarias do castelo... Tento pensar em mim, mas só tua imagem me vem em mente, leia meus lábios, ouça minha voz... Sinta-me agora, pois este é meu ultimo beijo de lamento.
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