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Memórias de Dores e Gritos Distantes

10 junho 2010




Quando a noite chega, ela vem acompanhada com a tristeza.

Que embeleza meu coração que escurece meu peito.

Sofrimento de um aflito sem nação nem rumo certo

À espera de um abraço calmo e caloroso

Chorando sozinho nesta solidão mortal

Onde foram os pássaros?

Não ouço o seu cantar que me surpreende todas as auroras

O vento frio que vem em minha face

Apenas eu e a estrada vazia...

Memórias de dores e gritos distantes

Caindo... Caindo...

Haverá retorno?

Vejo as horas que teimam em passar

Meus olhos se encharcam com lagrimas que impiedosamente caem em meu rosto

Será que jamais sentirei teu caloroso abraço?

Prefiro a morte...

Intocáveis são teus lábios, os quais apenas eu observo e observo...

Pararia o mundo somente para te ver e olhar em teus olhos...

Poderia permanecer ali a vida inteira...

Somente observando e admirando o teu olhar e essa face de anjo

Sou um sonhador, apenas isso e mais nada...

Busco o impossível alcançar, mas ainda nem sai de onde estou.

Quanta ilusão, quanta fantasia em meu mundo que criei.

Contento-me com tudo isso que se passa diante de minha face

Apenas imagens, imagens obscuras de um futuro inexistente o qual eu teimo em encontrar...

Oh lamúria incessante que invade minh’alma e arranca meu coração

Que dor é essa que não se finda?

Que marasmo é esse que sempre caminho através dele?

Ensina-me a não esquecer...

Quero o caminho de volta pra casa, mas que casa?

Se não tenho nação nem rumo certo?

Nada dura para sempre...

Nem mesmo o sempre é sempre

E o que falarei do amor?

É precioso dom para os meros mortais como eu...

Não te demores em teu recôndito, não se aparte por inteiro.

Não me arranques o que já não me pertence...

Pois já dei tudo a ti...

As cores do jardim de minh’alma se foram, sem ti todas as flores murcharam.

Nem eu mesmo poderei trazer-lhes vida novamente

Dor profunda que não esquece onde habito...

Espero chegar a um novo dia...

Espero encontrar um caminho

Espero e apenas espero.

Só.

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