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Acta Est Fabula

09 junho 2010



Não se ouve mais o som dos alaridos nem os sussurros da meia-noite, a dor que corrói a alma destruindo a ilusão é apenas  a imagem estigmatizada produzida pela luz de néon

Alegorias mórbidas enfeitam meu coração jazendo em uma sinfonia bucólica

Navegando num lago escuro vestido de magoa e melancolia, fadado, caindo morrendo...

O amor está despedaçado na esquina apenas esperando o carro fúnebre passar para levá-lo para a sua mais nova morada... O tumulo frio de mármore.

Caminhando no labirinto da alma me perdi e achei a obscuridade que quase palpável sobreveio na direção dos meus olhos enegrecidos.

A triste melodia que encanta os ouvidos do aflito é tão linda, mas não supera a beleza do sofrimento que queima e constante movimento e ardor.

A magnífica dúvida que dilacera o peito que fatidicamente se submete a tortura é apenas parte do caos que impregnam as nuvens deste céu cinzento e enfeita as paredes do meu quarto.

Sinto-me desprezível, estou caindo em terror, repugnado como se fosse o verme mais vil que devora um corpo putrificado, uma sensação terrível que meu coração foi inundado por uma gigantesca onda de emoções.

Esta noite mórbida e aterrorizante que fez produzir gritos agonizantes da alma está findando, mas não sei se eu já estou acostumado com a dor (talvez ainda não percebesse) e aflição e em meio aos meus pensamentos de desespero e morte escuto um leve sussurro que dizia: Acta Est Fabula.

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