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Asas Derretidas

09 junho 2010

Asas Derretidas


Meus pulsos dilacerados, meus sonhos destruídos.

Uma intensa guerra interior lança-me dúvidas

Sei que apenas sou uma mariposa atraída pelo fogo

Lágrimas secas rolam molhando o meu rosto

Como gostaria de afogar-me nelas!

Minha alma está profundamente triste, sofrendo agonia mortal.

Banhada com a melancolia devastadora

Dificuldade imensa de poder respirar e querer permanecer vivo.

Por que sempre eu?

Só Deus para me responder...

Passeio na fúnebre melodia e repudio a luz.

Sentimentos vãos me consomem e inundam o vazio interior

Apenas rogo por clemência, terrores assolam a minh’alma.

Meu senso não existe.

Minhas asas de cera foram derretidas pelo calor do sol

Sonhando, caindo em um abismo de dores.

Engulo o choro para disfarçar a minha depressão

Logo agora que corria tudo bem... Eu tinha que estragar tudo como sempre.

Luto comigo mesmo todas as noites, o verão se foi no inverno da minha vida.

Onde está a harmonia?

Onde está o sopro que me traz vida?

Dance comigo, a dança da morte, sangre por mim.

Esta escarnação me repugna, mas tua cruz me atrai.

Chore por mim, cante comigo, sofra comigo, sinta o que sinto.

As cicatrizes se rompem, o passado quer tornar-se meu futuro.

Já não há poesia, não há canção, não sobrou nada e as cortinas se fecharam.

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