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O Paradoxo Fissurado

05 dezembro 2012



As névoas corroem o céu reluzente cortando o horizonte eclipsando o brilho dos olhos em tons aurora.
Soando como um sopro solitário estilhaçando os tímpanos refletindo os mesmos reflexos reduzindo ao pó aquela esperança não dita.
Obscurecendo pensamentos, criptografando os códigos exposto em binário conforme toda a redundância de uma frase não posta na fôrma cinzenta.
Indisposto o tom desanda corroendo as notas transpassando as pinturas desfigurando rostos.
Cambaleando a nuvem cai de certa forma que o vento nos toma de ponta cabeça e o sangue desce pelos olhos.
Risonho chora choroso ri descontrolado corre na avenida vazia.
Atropelado pelos carros nervosos que cortam o chão enegrecido por pegadas não tão vistas e apagadas pelo tempo que ainda não passou.
O paradoxo fissurado de uma sociedade vã, criticando as cores, implicando sons.
Rimas não rimadas consertam os textos e o desapego apega e só ele sustenta o seu pilar sobre todos os cantos de uma sala oval
Efêmero contraste em preto e branco indisponível além dos ombros.
Com o pessimismo ali na frente, o bobo segue tão descontente com seu bigode desfragmentado, sua mente insana e sábia anda sobre seus saltos.

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