As névoas corroem o céu reluzente cortando o horizonte
eclipsando o brilho dos olhos em tons aurora.
Soando como um sopro solitário estilhaçando os tímpanos refletindo
os mesmos reflexos reduzindo ao pó aquela esperança não dita.
Obscurecendo pensamentos, criptografando os códigos exposto
em binário conforme toda a redundância de uma frase não posta na fôrma cinzenta.
Indisposto o tom desanda corroendo as notas transpassando as
pinturas desfigurando rostos.
Cambaleando a nuvem cai de certa forma que o vento nos toma
de ponta cabeça e o sangue desce pelos olhos.
Risonho chora choroso ri descontrolado corre na avenida
vazia.
Atropelado pelos carros nervosos que cortam o chão
enegrecido por pegadas não tão vistas e apagadas pelo tempo que ainda não
passou.
O paradoxo fissurado de uma sociedade vã, criticando as
cores, implicando sons.
Rimas não rimadas consertam os textos e o desapego apega e só
ele sustenta o seu pilar sobre todos os cantos de uma sala oval
Efêmero contraste em preto e branco indisponível além dos
ombros.
Com o pessimismo ali na frente, o bobo segue tão descontente
com seu bigode desfragmentado, sua mente insana e sábia anda sobre seus saltos.
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