Te negarei um abraço, um pedaço de passos descalços em cacos
Não perpetuarei os meus erros, enganos vindouros em vãos
desesperos
Se a vida é contida em pequenas garrafas pra serem vendidas
Me desloco em segundos sem rimas idiotas deixando teu mundo
Sem perceber me deparo com paredes de blocos com os olhos
fechados
Devolverei teus prazeres caminhando solto sem voz ou meio
rouco
Nem precisa pedir entendo agora, meu lugar não é aqui.
Desnudo em versos cantados exalados se esvai os complexos
Puro, o soco vem em direção da mão o rosto, do rosto a mão
Controversos os sentidos desgastam os sentimentos um dia
providos
As linhas curvam o horizonte de cinza caminha um outro sem
nome
Solicito um remédio que cure a alma que apague esse tédio
Que me consome por dentro soluços amargos palavras ao vento.
Desvendarei tais palavras que abraçam os braços e quebram a
calma
Suprindo os cantos sujos semeando rosas em campos de mudos
Não medirei meu cantar em breve
irei, desejo ficar.
Nem requisito pedidos o tolo se
esconde sem haver perigo
Números escalam esta régua infame
se vai é cego, não enxerga
Essa tragédia absurda presa em
meu calcanhar atravessa a rua
As luzes em noite serena se
apagam de vez, sublime, que pena!
Enquanto procuro conselhos os
dedos cansados se dobram os joelhos
Os pontos apontam o ponto despontam o tonto cambaleiam juntos
Os pontos apontam o ponto despontam o tonto cambaleiam juntos
Corrói o sapato usado em seu
deserto sofre cansado, coitado
Cadáveres roxos contorcem-se em
pleno escuro do vazio
Serpenteiam tortos como alguns
peixes no curso do rio
Entenda que o meu sorriso obliquo
se desfaz agora
E meu silencio se estende até o
findar desta hora
Que teimosamente me atormenta com
sua demora.
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