Os sons ecoam pela sala vazia, onde os sofás se encaixam
perfeitamente na decoração.
As vozes que já não se encontram nesta casa perderam seus
tons e ficaram apenas os ecos nas lembranças.
Houve um tempo que as coisas simples eram simples e nós nem pensávamos
em complicar e assim éramos satisfeitos com o que rodeava.
E aqui estou eu com meus pensamentos sendo concretizados em
tela branca como uma pintura surrealista nunca vista neste meu plano existencialista
Quando as falanges se descolarem e meus ossos se
fragmentarem diante todas estas letras não formuladas sigo assim ao rumo de
tudo mesmo tendo o medo de dar certo.
Eu tenho o direito de ser nada, porém não desejo tal coisa
pra minha eloquente existência onde meus passos ficam marcados no chão íngreme
cheio de equações que entorpecem meus neurônios.
Então eu paro e observo cada palavra sendo distribuída de
forma igualitária para que cada espaço seja ocupado de gramaticais esperanças
quando a educação falha desta nação não reage neste combate entre travessões e reticências
e nem segue o movimento retilíneo uniformemente variado para que não caia em demasia,
por isso eu desapego e assim abro todos nossos embrulhos enfeitados com fitas
vermelhas.
Saudável violência impactante que transformou em estrelas
todas as partes brilhantes de teus olhos que ilumina meu caminho sem que eu
possa me perder nestas estradas longínquas e sem direção.
Mas o que importa é saber que serei feliz, mesmo sendo do
meu jeito ou do meu conceito ou perspectiva de ver como é a felicidade.
Neste momento escuto lamurias, não as minhas, pois estas
deixo pra quem me entende e sabe resolver meus questionamentos um tanto quanto
bobos se sem sentido.
Agora depois de toda essa compilação de pensamentos não
muitos rebuscados misturados com uma sensação de perda digo que foi um ato
sóbrio.
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