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Uma Saudável Violência

14 outubro 2012






Os sons ecoam pela sala vazia, onde os sofás se encaixam perfeitamente na decoração.
As vozes que já não se encontram nesta casa perderam seus tons e ficaram apenas os ecos nas lembranças.
Houve um tempo que as coisas simples eram simples e nós nem pensávamos em complicar e assim éramos satisfeitos com o que rodeava.
E aqui estou eu com meus pensamentos sendo concretizados em tela branca como uma pintura surrealista nunca vista neste meu plano existencialista
Quando as falanges se descolarem e meus ossos se fragmentarem diante todas estas letras não formuladas sigo assim ao rumo de tudo mesmo tendo o medo de dar certo.
Eu tenho o direito de ser nada, porém não desejo tal coisa pra minha eloquente existência onde meus passos ficam marcados no chão íngreme cheio de equações que entorpecem meus neurônios.
Então eu paro e observo cada palavra sendo distribuída de forma igualitária para que cada espaço seja ocupado de gramaticais esperanças quando a educação falha desta nação não reage neste combate entre travessões e reticências e nem segue o movimento retilíneo uniformemente variado para que não caia em demasia, por isso eu desapego e assim abro todos nossos embrulhos enfeitados com fitas vermelhas.
Saudável violência impactante que transformou em estrelas todas as partes brilhantes de teus olhos que ilumina meu caminho sem que eu possa me perder nestas estradas longínquas e sem direção.
Mas o que importa é saber que serei feliz, mesmo sendo do meu jeito ou do meu conceito ou perspectiva de ver como é a felicidade.
Neste momento escuto lamurias, não as minhas, pois estas deixo pra quem me entende e sabe resolver meus questionamentos um tanto quanto bobos se sem sentido.
Agora depois de toda essa compilação de pensamentos não muitos rebuscados misturados com uma sensação de perda digo que foi um ato sóbrio. 

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