O ruído que desatina em solidão, um suspiro cantado com dissonâncias
variáveis.
A alma deleita-se em sua beleza envelhecida e o esplendor se
foi.
O amargo dos dias reflete o peso do caminhar pelas ruas
vazias.
Entorpecido pela nostalgia dos anos que me envolve em sua
atmosfera na qual me calo perante o seu esplendor.
E declamo a nênia com fervor até que as pedras sejam
arrancadas de meus olhos, até sentir o beijo em sua mortal elegância.
Névoas de nada por toda a vizinhança me fazem recair sobre
meu sono com uma leve gota de desesperanças e o meu encanto já não há.
Grinaldas de folhas secas repelem em meu manto onde encontro
um campo de crucifixos ao redor de exuberantes estatuas chorosas lamentando a
frieza de suas existências
E seus olhos petrificados encaram com furor o caminhar
errante do sofrido ser.
Com semblante decaído e coração desfalecido em tristeza, vestindo
negro para transparecer sua atual situação decadente na qual suas asas queimam
lentamente, esperando sair ileso de onde jaz sem forças.
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