Foi necessário que houvesse colisões entre nossos olhos para
que pudéssemos ver o mundo de perto. E o que você vê agora?
Andando sobre a areia que grudava em meus pés descalços
fiquei observando os rasantes das gaivotas perto daquela praia que não estamos
vendo agora.
Um cheiro de sociedade me veio ao encontro e me despertou
questões não respondidas e assim continuei andando sobre a areia que grudava em
meus pés descalços.
Ao virar meus pensamentos para esta rota torta não me
identifiquei com estes mecanismos postos como obrigação sobre os ombros dos
homens e estes se curvavam diante do entretenimento que absorvia sua intelectualidade
quase gasta.
Fui dirigindo meu corpo para perto dos holofotes apagados
onde a distração era o ator principal da maçante e cosmopolita representação
que esse ar repleto de ilusões dificulta
a nossa respiração.E nos cega com a neblina de incoerências,esta não se dissipa
facilmente.
Parei e analisei todas estas circunstancia absorto fui
remoendo todas as imagens e percebi que uma mente não bem alimentada é igual a
uma construção não cuidada. Acaba em ruínas.
Daí então tive uma ideia, construí um edifício de livros,
mas ninguém quis alugar uma página para morar,os ignorantes vieram e o explodiu
e letras voaram para todos os lados.Quem respirou a fumaça se sentiu liberto,e
os ignorantes continuaram sendo o que eram.