Não entendi esta minha insistência de rabiscar palavras que não passam de supostos sussurros segredados aos olhos que observam verdadeiramente a vida e todas as suas cores estampadas no céu
Me perdi nestas linhas que seguem seu rumo sem olhar pra trás para poder me encontrar na beira de um cais qualquer.
Ultimamente minha inspiração tem sido meus pensamentos corriqueiros que trafegam sem olhar os sinais vermelhos que paralisam as avenidas deste espaço infinito.
Canções mudas atravessam ondas de rádios e circulam pelos ouvidos entusiasmados das pessoas de verdade,há pessoas de plástico.
Não que elas sejam descartavéis,mas se auto descartam procurando algo que não é vida e sim ilusão e devaneios.
Escuto a vida tocando a nota certa e a melodia entra devagar pela porta aberta onde eu me encontro e imagino o choque entre o agora e o eterno.
Estava tão desatento que nem vi a hora que a chuva caia com uma dissonante sinfonia a encharcar o asfalto por onde os carros cantavam com seus pneus e fui assim caminhando e observando cada gota que sobrepunha os fios de alta tensão que cortam esta cidade.
Este cansaço que assolam meus ombros só me faz querer meu leito para que eu possa descansar em paz, porém ainda tenho trabalho não feito e este não é o momento para poder me esconder dos desafios vindouros.
E a vida segue seu rumo em uma direção simples,para o alto, pois somente de lá que o socorro vem sem demora.
Cuido para que os meus sentidos continuem sensiveis ao toque de uma mão amiga,que meus ouvidos não estejam audivéis para uma ofensa desferida e assim seguir em frente o caminho que me é proposto e sem demora corro de diante dos meus olhos para que estas lágrimas que insistem em molhar minhas retinas possam estar secas na próxima estação.
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