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Sonhos Esparramados De Inverno*

01 fevereiro 2011




Ela colocou todos os seus sonhos em um vaso de barro
e o pôs em cima da estante, mas este caiu e tudo 
esparramou-se pelo chão
Num segmento arcaico vão enfeitando todas as matrizes
e o som do alarido e das trombetas fazem do ar um monumento invisível.
Como as sombras se encostam no trono das árvores
assim este estranho sono que me incomoda deita-se sobre
as pálpebras que cercam meus olhos
Meu coração bate de forma tão plausível que minhas cordas vocais
entraram em sincronia com o martelo do meu ouvido
depois de ter passado tanto tempo esperando para ouvir
aquela mulher me dizer que ali não era o meu lugar
E com os passos largos e embaraçados sinto-lhes informar
que aqui se findam estas simples concordâncias gramaticais
que fogem ao controle de minhas mãos
Mas o que espero é que haja mais uma primavera quando
a cidade acordar no próximo amanhecer.




*Texto batizado por Kelman Oliveira

2 comentários:

À PÉ ATÉ ENCONTRAR disse...

É, nem sempre o lugar q pensamos é o nosso espaço...
Não é difícil que se quebrem sonhos numa botija, o importante é que aprendamos e tenhamos coragem de reconstruí-los e sonhar novos sonhos, sempre que possível! xD
Bjãao GUTO.

kelman disse...

EXCELENTE!!!!!!!!!!
É realmente elogiável a forma como vc coloca as palavras, deixando-as,unidas,tão cheias de significado!Se bem q pra vc são"simples concordâncias gramaticais que fogem ao controle de minhas mãos".rsrs
Ainda bem que depois do inverno sempre tem uma primavera!