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Ponto Final

26 fevereiro 2011


Quando abri os olhos e dobrei as pernas os sentidos despertaram todos de uma só vez
Acordei e vi a luz do sol invadindo o quarto pela janela.
Me vi caminhando na floresta cor de jambo e pelas suas folhas de cores variadas
Mas esqueci de coisas que iria falar,apenas lembro de alguns fragmentos então resolvi ser livre nas idéias
Com ossos quebrado e dedos esmagados somente rindo do bailar dos vaga-lumes que se deitam na relva musgosa.
Por todas as mensagens enviadas e ligações não respondidas fiquei imaginando nossas línguas se entrelaçando e gostaria muito de aprender qual idioma elas falariam durante uma luta sem fim num campo de salivas e nesse momento gostaria que o tempo parasse mas mesmo que desligassem todos os relógios o tempo iria correr da mesma maneira de sempre.
Outra coisa que gostaria de fazer seria serpentear sob tua pele quente conforme o trafegar de sangue em tuas artérias.
Fui dançar em um casamento apócrifo e vi que você descobriu que a minha auréola era feita de papel fatiados das fibras.
E as obras de artes que compõem a parede do meu quarto se movimentam toda hora que as ondas vão e vem de forma aleatória.
Para compor meus sorrisos me enfeito de simplicidade e amor próprio mas as pessoas se tornam como muros que encobrem nossa visão e não vemos quase nada a nossa frente.
Mas lembro de teus lábios sorridentes também e vejo aquela muralha de dentes que o deixa mais lindo.
Porém digo que isto aqui não é nada parecido com um poema de amor,também não é o propósito,apenas quero expressar meus pensamentos de forma sensata.
Estou lançando um vômito de idéias que sujam toda esta página com letras que teimam em tornar-se palavras que por sua vez se transformam em frases dirigidas ao vento que espalha todas elas pelos quatro cantos do círculo.
Mas quando meus olhos não arderem de sono e meus dedos calejados pelo bailar sobre teclas falarei de coisas belas e assim talvez transformarei algo no mundo.
Por enquanto deito-me nas areias do tempo e caio para o outro lado da ampulheta só que meu destino não é esse.
Mas não me demorarei falando coisas que impressionam os outros e incomodam a poucos sei que ao findar de tudo que digo aqui verei comentários de granitos em almofadas de penas de cisnes negros.
E com esta liberdade de meus pensamentos também sou livre para por um fim nas minhas palavras e neste momento eu decreto o ponto final.

2 comentários:

kelman disse...

Caracas,o pouco(acredito eu)que você descreve de seus pensamentos é muito,muito interessante!
Bela floresta cor de jambo!
Destacando uma das partes que mais gostei:"Para compor meus sorrisos me enfeito de simplicidade e amor próprio mas as pessoas se tornam como muros que encobrem nossa visão e não vemos quase nada a nossa frente.Mas lembro de teus lábios sorridentes também e vejo aquela muralha de dentes que o deixa mais lindo."
Maravilhoso!Uma salva de palmas!!!!

Anônimo disse...

Sinceramente, ainda bem que vc colocou um ponto final,rsrs.Isso sim parece contos distorcidos:campo de salivas,línguas entrelaçadas,vômitos de ídeias...