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Amada

21 janeiro 2009


As velas do velho barco se movem conforme o soprar dos ventos
As árvores da antiga floresta curvam seus galhos diante de ti
Amada...
Meu coração sangra por não te ter aqui, mas ao mesmo tempo tenta se contentar.
Contentar-se com apenas uma parte deste teu sublime amor.
Lágrimas de um velho retirante somam-se ao desespero e dor de sua alma.
Perdoe-me por expor meu esconderijo assim desta maneira, mas é forte maior que eu.
Não suportaria a dor de perder este belo sorriso que ainda não vi, esquecer este beijo que ainda não senti, jogar fora todas as nossas lembranças que ainda não tivemos tempo de vivenciá-las.
Meus versos e minhas orações não bastam para dizer-te o quanto te desejo perto.
Perto do meu peito para acalantar minha pobre alma que necessita do teu carinho e amor
Amada...
Não quero apenas ser mais um em teu coração, ser apenas uma “letra em um texto”.
Sei bem eu que não posso ocupar teu peito por completo...
Apenas posso decantar meus versos para poder encontrar em ti um pedaço do céu
Sou uma gota de orvalho nas flores de tua primavera, a brisa suave que em teu rosto esfrega-se, as reticências de uma historia.
Se não conseguir teu amor por completo humildemente, Amada te peço
Não esqueças de mim enquanto viver.
Amada...


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