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Aqui Jaz*

02 agosto 2013



No despontar de uma ventura cuja maré leva embalada pelos ventos ociosos
Esperança corroída pela ácida vontade de encontrar o elo desejado
Verdades postas em cheque e os pensamentos se perdem no todo
Enquanto o espelho mostra o reflexo das respostas que já estavam à vista
Sem desejar compreendê-las recitei meus versos esporadicamente
E assim cortei os pés com os cacos de vidros espalhados pelo chão
Madrugada fria com sua intensidade desmanchando meu enredo tétrico
Retirei os arranjos que cobriam as portas do meu guarda roupa
Para que as lembranças se percam para eu não me perder mais
E os olhos mareados pelo sono e a vontade de viver se fecham
O tempo corre, depressa vai longe, sem que eu possa alcançá-lo.
Assim vejo a morte de alguns sonhos meus jazidos no túmulo
Dos motivos bem sei eu, das vontades que já não eram minhas.
Dos caminhos que segui refleti com meus ares sufocantes
Que talvez ainda não reste mais nada para se esperar.


*Créditos à Rayana Hellen

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