No despontar de uma ventura cuja maré leva embalada pelos
ventos ociosos
Esperança corroída pela ácida vontade de encontrar o elo
desejado
Verdades postas em cheque e os pensamentos se perdem no todo
Enquanto o espelho mostra o reflexo das respostas que já
estavam à vista
Sem desejar compreendê-las recitei meus versos
esporadicamente
E assim cortei os pés com os cacos de vidros espalhados pelo
chão
Madrugada fria com sua intensidade desmanchando meu enredo
tétrico
Retirei os arranjos que cobriam as portas do meu guarda
roupa
Para que as lembranças se percam para eu não me perder mais
E os olhos mareados pelo sono e a vontade de viver se fecham
O tempo corre, depressa vai longe, sem que eu possa
alcançá-lo.
Assim vejo a morte de alguns sonhos meus jazidos no túmulo
Dos motivos bem sei eu, das vontades que já não eram minhas.
Dos caminhos que segui refleti com meus ares sufocantes
Que talvez ainda não reste mais nada para se esperar.
*Créditos à Rayana Hellen
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