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Supernova

24 julho 2013



Pude enxergar o caos que surgia por atrás dos teus olhos, moléculas ricocheteavam sem parar.
Adentrei na nebulosa dos teus pensamentos desajeitados, um berçário de ideias comoventes que eclodiam a cada segundo.
Cambaleante cosmonauta orbitando tuas pupilas, um universo de cores e tons e brilho me mostrando as constelações que compõem teu ser.
Mas diante disso tudo infelizmente existem pessoas que perdem seu brilho tão estupidamente e se tornam um buraco negro que distorce a luz, tentam apagar o brilho alheio, por já não ter luz própria enegrecem a área em redor, é um triste fim de certas estrelas que não passam de manobristas de homens para que seu desejo composto de fel se derrame até os ermos.
E quem se importa com elas?
Apenas desejo saber onde está a margem do universo pra me deleitar no contraste desta Via.
Onomatopeias sinceras explodem das bocas e o estrondo que sai delas resulta em diversos big bang’s distorcendo o som, camuflando o tempo, recobrindo o espaço.
Meus pés caminham em tua direção, mesmo sem ar ou em queda livre para que eu possa pousar na maciez da tua pele e termos um propósito para viver em uma só cosmovisão.

No esboço do teu sorriso em forma de lua crescente me sinto tão ínfimo, mas teu rosto continuo a escalar e assim te encaro, sem reservas de oxigênio te respiro para que eu possa harmonizar teu caos em mim.

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