Peguei retalhos
de frases e costurei com meus pensamentos nas páginas amareladas
Elas foram
preenchendo cada lacuna com suas teorias inanimadas em constante movimento
Desci o tom, mas
não desafinei.
Construí meus
acordes menores
Catalisei o som
sem maiores esforços
O arrepio de
minha pele causado pela brisa que sacia meu rosto
É apenas um
sorriso esboçado pelo vento nesta noite fria
E assim me sinto
bem, mas ela não entende como acho
estranho ser feliz
E que a tristeza
faz parte de mim, não que eu seja ou queira ser uma pessoa triste
Mas é algo que
já me pertence e me sinto bem assim, essa pode ser a minha maneira de
felicidade.
Queria me chamar Melancolia, mas já tem muitos batizados com
esse nome
Daí então repeti a música e escutei o som da ambulância no
vale desta cidade sorridente
Meus melhores
dias não são os melhores dias, observo a solidão sobre uma paisagem desoladora
e enevoada, contemplando a angustia da alma.
O importante
neste cataclismo e erupções de sentimentos é que estou em paz
Uma paz que me
foi presenteada sem merecimento assim como Sua graça.
Deste
modo caminhei solenemente prestando atenção nos contos feridos pela tinta azul
deste céu borrado pelas nuvens
Presenciei
meus momentos um pouco distante de mim e me declamei pra ti como poesia viva e
sem pontuação
Semeei
em ti os adjetivos que tinha na manga do meu casaco desbotado e te cantei, sim
cantei teu rosto em meus pensamentos.
E uma
lágrima louca suicidou-se lançando-se em meu rosto para me mostrar que há vida
em mim.
Diante
de meus pontos não cicatrizados vi tudo desabando, a atmosfera se fechando nas
palmas das minhas mãos.
Mas
meus pensamentos subiam cada vez mais e assim lembrei que um dia me disseram “A
gravidade não prende a imaginação”
*Créditos à Rayana Hellen por me presentear com a frase que dá nome e finaliza este texto.
2 comentários:
taí, gostei :D
bjs, Guto
Brigado Val!
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