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Uma Crônica Fragmentada

10 maio 2013





As estrelas não caíram esta noite e a minha espera foi vã, me senti um pouco traído, mas foi bom ver o céu enegrecido outra vez com pontas de luzes a brilhar insinuando a minha insignificância.
Ao dormir me deparei com sonhos que me conduziam por lugares distantes, vi cores e tons entrelaçando com as dores dos homens ao verem sua identidade sendo usurpada nesta famigerada sociedade deturpada.
Enquanto componho essa crônica moderna fragmentada observo nesta era de sonhos frustrados a esperança de ver a esperança de ter a felicidade e alegria bailando juntas.
E suspiro de olhos fechados para poder tentar conter a minha falha observação nesse paradoxo que cansa meus hábitos.
A tela pintada por mãos que constrangem os olhos saboreiam a cada pincelar enquanto o vento uiva sua indignação nos quatro cantos do globo.
Mas uma chuva de satisfação me encontra quando dou meu primeiro passo e escuto tua voz suave que me leva do desencanto para a leve vontade de continuar a viver e quando nossos corpos entrarem em combustão sairemos desse sufoco para liberar calor e luz.
A cada manhã que se desprende da madrugada me faz perceber que não sou mais um em meio a tantos outros e que o que sou é exatamente o que deveria ser e é neste estágio mesmo que longínquo um dia habitarei sem depender de status ou reconhecimento o que importa é poder me enxergar nas tuas pupilas castanhas  e recitar a poesia que tu és.

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