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Os Gritos do Silêncio

01 maio 2013




Procurei diversas fontes de inspiração e trilhas sonoras para compor meus versos nesta noite vazia 
Mas nenhuma delas se encaixaram perfeitamente na engrenagem das minhas palavras e decidi escutar os gritos do silêncio
Revisei meus passos de maneira bem informal e vi o quanto caminhei até aqui, cambaleando firme e sapateando na cara da vida.
Meus poemas que não necessitam de opiniões e criticas se intercalam com a sonora passarada neste meu amanhecer.
Fazendo com que a melodia afinada se expresse do mais profundo de sua essência acalantando os olhos e sentidos de quem os observa
E assim me faz saber que  restam fôlegos e suspiros que ainda não saíram de dentro de mim e que meu ser é algo que devo ser.
Por falar em passos, quando observo o teu caminhar vejo em cada passo a fraqueza de Aquiles em teu calcanhar.
As sombras somem, desesperadamente o teu cantar explode dentro de mim me deixando mudo e sem reação.
Somente o que posso fazer é sentar-me quieto diante do caos harmonizante que sai dos tons dos teus lábios
E me aprofundo deixando a tua superfície para trás para que eu te conheça mais e me reconheça até.
Diversas vezes já tentei desconstruir meus delírios em formato literário, mas a inversão dos valores me obrigou a manter a loucura em dia
Para que eu possa entender de forma coerente o que se passa nas avenidas ensolaradas desta cidade bipolar.
Mas enquanto o encanto não está perdido, canto o meu canto, mesmo desafinado e assim caminhando calmo sigo em frente sem que eu deixe a pressa me impedir de observar o pôr do sol em um dia qualquer.

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