Estalei os dedos ouvindo o relógio correr seus segundos
rapidamente, o telefone que emudeci deixou os contatos falando suas peripécias
sem importâncias ao longe dos meus ouvidos.
Sim, já não me importo.
Sei que mesmo rodeados por diversas pessoas, nós jogamos o
jogo as solidão, cada um sentado num canto para ver quem primeiro vence o
sofrimento.
Observo aqueles que com crise de identidade pendem-se aos
cartórios da vida, mudam-se as cédulas, mas persistem os sintomas da busca de ser
quem não são.
Estamos em uma guerra tão fria que não nos enfrentamos, nem
ao menos verificamos se nosso oponente (que somos nós) se movimenta.
Uma luta vã.
Me pergunto se naquela sala barulhenta meu coração de fato
ouvirá as batidas dos teus passos em direção à porta da minha vida, digo isto
por que podem até acreditar que eu seja uma fraude, mas sou um traficante de
letras esboçando no bolso ou na bolsa os valores que foram perdidos.
Parágrafo. O Texto segue.
Digo que mesmo aqueles que te (me) tem por perto não valorizam, ainda existem tantos outros que me
(te) querem e desejam, sem pestanejar não se limitam em si mesmos.
Dedico esta canção ao quebrado
Dedico esta canção ao caído
Dedico também ao esquecido
Dedico a mim e a ti.
Dediquemo-nos
E por fim para comemorar esta trama de embaraços que por um
momento me corrói (de fato sim) e também para que os parênteses deem lugares às
reticências em nossas vidas ergamos as taças em nossas mãos e...
2 comentários:
muito bom, Gutox ^^
Como sempre, seus textos são bem poéticos, gosto demais ^^
bjs
Obrigado Val!
Estou treinando mais pra que eles melhorem ainda mais. Bjs
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