A noite escureceu o dia que limpo estava sem cinzas de
nuvens espalhadas pelo infinito firmamento.
Fui em busca de intensas sensações e me deparei com um muro
de imensas cascatas pintadas em tons esverdeados onde a água caia tão feliz a
ponto de se lançar do alto e embriagar-se em si mesma.
Decidi parar de parar, continuar o continuar e desinteressar
do que me não me interessa mais e enquanto componho canções que jamais serão
tocadas, vou aplicando meu coração naquilo que me torna mais eu do que qualquer
outra coisa que me toma de mim.
Gostaria de ser a síntese de tua tese e te provocar crises
argumentativas e quando te faltar palavras, apenas ouvir o chamado dos teus
olhos nos quais me reflito em abundante beleza.
Vi que a intensidade de meus pensamentos que estão surgindo
rapidamente que dá impressão que ultrapassam a velocidade da luz me causa danos
e assim dificulta meu sono e só me resta escutar uma música lenta e dedilhar
meus sentimentos em linhas perpendiculares.
Depois daquele surto ilusório que me ocorreu uma noite
anterior percebi que a vida é bem mais do que eu posso imaginar e me
pergunto, onde está o esplendor em uma alma arruinada?
Vou cantarolando essas palavras inanimadas enquanto o dia
não se vira e sorri pra mim e quando o primeiro raio de sol cruzar a atmosfera
me lembrarei da leveza que tu me faz querer sentir e seguir esta dança que
causa um cataclismo em meus sentidos e assim me sinto bem.
Atrás daqueles holofotes me escondo para que a multidão de
olhares não se prenda em meu desencanto para caminhar no sossego enquanto olho
para o infinito firmamento sem cinzas de nuvens observando o dia que a noite
escureceu aguardando firmemente um beijo da boca de Deus.
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