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Tempo Paraplégico

06 dezembro 2013




Fechei meus olhos e foi teu rosto que vi e fez meus olhos despertarem e eles sorriram.
A chuva cai em demasia e suas gotas são absorvidas pelo calor que inunda o ar
As linhas que se seguem me fazem entender que há um ponto crítico em todas as minhas sintaxes
Me entorpece sedosamente a firme ideia de ter certeza absurda que és minha musa...
As luzes da cidade vazia embriagada em nostalgias que cercam todo o meu ambiente
Prometi quebrar a promessa que me pus a prometer e assim o fiz.
Teu braço é meu porto seguro onde me abraço na superfície da tua pele cálida e macia.
Mas este tempo paraplégico se arrasta com dificuldades de movimentação, mas tudo segue conforme o bailar dos ponteiros e assim eu vou para que de perto meus pequenos versos sejam compostos por tu que és a unidade na minha diversidade, a minha inspiração...
E o que mais me importa é ver o teu reflexo em minha voz que soa em timbres catalisando teus sentidos nos quais me revisto com as tuas abstrações rebuscadas para que o que sinta faça sentido mesmo sem haver.
Te amo com todos os átomos do meu corpo.
As brisas camuflam o ar rarefeito que tenta impedir minha respiração, mas em ti encontro guarida, pois somente tu és meu sopro etéreo de vida.
Te descansarei sobre meus esforços nas loucuras e contradições de todos os meus paradoxos, nas cantigas ou até mesmo em uma frase sem efeito para compor em teus lábios as partituras de um beijo.
O céu enegrecido silenciosamente canta a sua canção.
E nessa melodia que se inicia vejo que és a letra que se encaixa perfeitamente para que todos saibam que em nós não há  espaço para utopias mesmo que sejam possíveis de ser alcançadas.
Vou sussurrando, segredando teu nome para as paredes do meu quarto para que fiquem registradas todas as vezes que te chamei, sei que o momento oportuno ainda há de ser, mas enquanto isso vou te desenhando, te compondo em cada letra descrita até aqui e no devir

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