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Corações De Éter

24 fevereiro 2013

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As páginas passam lentamente no compasso da música que penetra meus ouvidos nesta noite cheia de calmaria e percebo que o tempo não passa há mais de uma semana.
Vi pessoas perdidas no desespero de seus desejos com seus corações de éter que esvanecem com a fumaça soprada depois de cada trago dado.
Somo os valores desperdiçados nos córregos destas ruas enlameadas e vejo o déficit de felicidade entrando em choque com os suspiros que cortam o ar poluído de tristeza.
E aquelas batidas que fazem o sangue percorrer o corpo faz entender que a vida tem um sentido e enquanto a paz de Deus silencia meu caos eu sigo feliz, se a quantidade de ruídos tenta estourar nossos tímpanos, na qualidade do silêncio encontramos suavidade.
Somente ouso em afirmar que não consigo normalizar a inversão das boas condutas muito menos aceitar a propagação de sentimentos sem sentidos, o que posso fazer apenas é realçar o brilho do sol que reflete nos teus olhos calmos e sonolentos que me fazem crer que o amanhã não tardará em chegar todas as manhãs.
Determinado, detenho as horas que não passam há mais de uma semana para ter mais tempo de poder me encontrar por entre essas frações de segundos e assim Te conhecer cada dia mais enquanto há tempo.  

Reflexo Colado Na Umidade

11 fevereiro 2013

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O sol me deu bom dia, retribuí com um sorriso bobo e continuei andando.
Vi uns trocadilhos espalhados pelo chão, chutei alguns pra longe e fui montando o quebra cabeça para matar o tempo e continuei andando...
Saboreando o vento ouço tua voz que trás a paz para meu caos enquanto vivo uma anarquia interior e continuei andando...
Parei na beira do lago de água azulada e vi o resplendor da beleza entalhada em teu rosto e com braços molhados e sem pudor abracei teu reflexo colado na umidade e continuei andando...
Assim fechei meus olhos cambaleando nos sentidos em que a vida me propõe e sigo na ventura da esperança propositalmente tatuando teu nome em meu coração.
O tempo corre tão rápido quanto o sangue que percorre minhas veias, tento parar o relógio, mas os ponteiros são mais rápidos que eu e continuei andando...
Em um momento de reflexão percebi que as coisas simples se tornam as melhores no fim das contas e não entendo como as pessoas imaginam que os valores das coisas equivalem ao seu preço.
Depois de passar pela alameda que cortava a cidade vi tua sombra que me guiava e dançava e sorria um sorriso tão despretensioso e continuei andando...
Quando alcancei a lua e a noite abraçou o céu tua silhueta inconfundível gritou meus olhos e fui ao teu encontro, no afago de um abraço abafado suspenso no ar que te fez rodopiar pude entender que agora já posso descansar.