As páginas passam lentamente no compasso da música que penetra meus ouvidos nesta noite cheia de calmaria e percebo que o tempo não passa há mais de uma semana.
Vi pessoas perdidas no desespero de seus desejos com seus corações
de éter que esvanecem com a fumaça soprada depois de cada trago dado.
Somo os valores desperdiçados nos córregos destas ruas
enlameadas e vejo o déficit de felicidade entrando em choque com os suspiros
que cortam o ar poluído de tristeza.
E aquelas batidas que fazem o sangue percorrer o corpo faz
entender que a vida tem um sentido e enquanto a paz de Deus silencia meu caos
eu sigo feliz, se a quantidade de ruídos tenta estourar nossos tímpanos, na
qualidade do silêncio encontramos suavidade.
Somente ouso em afirmar que não consigo normalizar a
inversão das boas condutas muito menos aceitar a propagação de sentimentos sem
sentidos, o que posso fazer apenas é realçar o brilho do sol que reflete nos
teus olhos calmos e sonolentos que me fazem crer que o amanhã não tardará em
chegar todas as manhãs.
Determinado, detenho as horas que não passam há mais de uma
semana para ter mais tempo de poder me encontrar por entre essas frações de
segundos e assim Te conhecer cada dia mais enquanto há tempo.