O tempo corre com uma velocidade tamanha e ultimamente só sinto o toque do vento
Fiquei imaginando cores e variações de sombras no céu cinza coberto por nuvens
Escondendo estrelas brilhantes e nebulosas incandescente
O maestro nos diz pra começar a apresentação mas informal sigo adiante
E caminho por entre as estátuas fixadas naquele chão uniforme
Onde sepulcros cobertos pela grama verde se escondem da luz solar
Observei a velha fotografia e vi que não existe a mesma inocência que tinha naquele rosto
Então me pergunto: Coisa simples pra onde você foi?
Depois que encontrei Dante na biblioteca caminhei pelas escadas abaixo
Percebi que não posso viver sem quimeras
Não posso viver sem sonhos e nem devaneios
A realidade que nos sufoca nos enfraquece gradativamente
E os sentidos vão se perdendo conforme o tic tac do relógio
E meus olhos se desviam e meus pensamentos se retraem
E a eclosão das palavras absurdas que tenho em mente é tão sublime
Que mesmo com uma resposta negativa sempre há inspiração na noite fria.
Agora escuto a canção dos pássaros cantada por uma voz de anjo
E olhar pra trás não está em meus planos e nem dependo disso para viver
Estou bem certo que nem sempre minha vontade é a coisa certa
E aqui ponho uma frase não terminada e bem pensada
E o bom da vida é saber que eu tenho alguém que nunca vai me deixar
E agradeço a Deus por ela existir...
Mesmo que essas línguas ferinas venham a cortar meu rosto
E que o que está passando na tv seja inapropriado para a minha intelectualidade não formada
Certamente aquele ombro estará me esperando.
Intitulado com vozes e rumores de multidão sem meio termos e sem confusão
Vejo meu reflexo no espelho embaçado pelo vapor da água que sobe ao céu
E admirado fico e desesperado insisto em por partes de pensamentos num pedaço de papel